Um motivo de preocupação é a perda de força anglo-americana nas mais diversas regiões do planeta, Ásia, Oriente Médio e América do Sul não são mais tão passivos como eram no final da última década. Permitir o crescimento de países sul americanos pela exploração de seus recursos naturais é permitir a independência da América latina dos EUA.
Para bloquear essa mudança, há articulações ligadas ao restabelecimento do poder visíveis na crise presidencial no Paraguai e no patrocínio à criação da Aliança do Pacífico, o novo bloco continental pactuado entre o Chile, Peru, Colômbia e México. Historicamente, o poderio geopolítico estadunidense tem a sua origem no Grande Caribe. O Grande Caribe é o mundo que vai de Yorktown às Guianas, e é conhecida como o quintal americano.
Está claro que o aprofundamento da crise econômico-financeira mundial, o declínio militar dos EUA e a emergência de um pensamento estratégico temerário em certos círculos hegemônicos, constituem uma séria ameaça real à soberania dos Estados nacionais ibero-americanos. Isto implica na delimitação de gigantescas áreas na Amazônia brasileira como autênticas “zonas de exclusão econômica”, por motivos ambientais ou indígenas, seja por ingenuidade ou irresponsabilidade, a possibilidade é real de que estas possam transformar-se em alvos de operações militares.
Para o Brasil, evidentemente, tal perspectiva torna urgente a necessidade de uma drástica reversão da política de demarcação de reservas indígenas, juntamente com a promoção de uma ocupação socioeconômica racional da Região Amazônica, com um engajamento efetivo das próprias populações indígenas, segundo as suas peculiaridades culturais, no desenvolvimento e na defesa da soberania brasileira. Se queremos defender o que é nosso, devemos desenvolver a região amazônica, somente com força econômica poderemos sustentar nossa autoridade sobre a região, que em alguns anos se tornará o foco dos recursos naturais de todo o mundo.
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