segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Por que odiamos a GLOBO.



Por que se odeia tanto a Globo?
 Mesmo numa manifestação que não o dedo do PT e dos petistas, a Globo provoca repulsa. E isso quando o repórter que a representa tem a estatura e o relativo prestígio de Caco Barcellos.
 Parte do problema está no passado. Roberto Marinho, o homem que fez a Globoser o que é, adquiriu uma imagem poderosa de aproveitador. Na percepção generalizada, o regime militar favoreceu Roberto Marinho que em troca, juntamente com o grandioso JN, faria um controle intelectual sobre o povo, começando pela concessão que permitiu a criação da TV Globo — e recebeu em troca um copioso apoio editorial.
 
A rejeição à Globo pelos intelectuais começou daí, a imagem da Emissora está vinculada até hoje com as grandes corporações, e com a ditadura militar.
 
Mas seria um paradoxo que, sendo tão odiada, a Globo seja tão vista – ainda que sua audiência, na Era Digital, venha minguando, jamais foi tão baixo o público da Globo como em 2011.O virtual monopólio da Globo como que forçou o espectador a sintonizar nela em muitas ocasiões. No futebol, por exemplo.
 
Que a audiência não se traduziu em prestígio fica claro, quando se vê a influência da Globo sobre os eleitores. A má vontade da Globo em relação a Lula e a Dilma, o diretor do telejornalismo Ali Kamel, um dos "elitistas" da emissora, é fanaticamente antipetista, bem como comentaristas como Merval Pereira e Arnaldo Jabor, para não falar no âncora William Waack, rejeição que  não impediu que o PT vencesse as últimas eleições presidenciais.
 
A Globo, indiretamente, sempre se beneficiou da brutal inépcia dos concorrentes na televisão quer em conteúdo, quer em gestão. É uma aberração que a Record, movida pelo dinheiro fácil extraído dos crédulos, simplesmente copie a Globo em vez de fazer coisa nova e superior, que realmente acrescentasse. Se inovasse, em vez de imitar, a Record atalharia a disputa pela liderança, ajudada pelo cansaço da programação da Globo. Mas os bispos parecem muito entretidos com seus sermões de cassino, para ver a programação de emissoras como a BBC, de onde poderia ver a inspiração para um salto de qualidade.
 A função da mídia deveria ser a de flagrar, entreter, cooperar com a comunidade, deve ser um elo de ligação popular em todos os níveis, de global à municipal, e não é isso o que se vê, temos uma mídia que procura fazer a opinião da sociedade, e receber o dinheiro de quem se beneficia com isso. E isso acontece no mundo todo. 
A falta de opções do telespectador ajudou a Globo a seguir adiante. Mas agora a festa tende a acabar por causa da internet e da informação. Se a concorrência não oferece alternativa, a internet dá às pessoas possibilidades infinitas de se livrar da teia putrefacta da mídia corporativista brasileira. (só não vale ir ler a veja, por ai não vai adiantar muito,...).
A nova mídia vem ai, e a nova juventude também, entre nessa, e...
FAÇA A REVOLUÇÃO DA CONSCIÊNCIA!

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